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12/06/2010 / bacanaus

Cinco Lugares que Deixarão de Existir

Kauai, a ilha sem praias:
Está é uma das ilhas mais ameaçadas do planeta, localizada no arquipélago do Havai, juntamente com outras igualmente prejudicadas. Ela já perdeu mais de 70% da sua faixa litorânea devido às erosões do solo que por sua vez vem sendo causadas por um aumento significativo do nível do mar. Além de já ter perdido grande parte de suas praias, as florestas da ilha também estão sofrendo as conseqüências da ocupação humana, principalmente com o grande número de turistas. A ilha foi utilizada para a gravação do filme Jurassic Park e é considerada um dos lugares mais chuvosos da face da Terra.



Oceano Ártico, onde o chão está derretendo:
Um Pólo Norte sem gelo poderá se tornar uma realidade em breve. Geleiras enormes já desapareceram e animais como os ursos polares estão tendo cada vez mais a dificuldade de sobreviver em um lugar onde o chão está derretendo e o alimento se torna extremamente difícil de ser encontrado. No futuro querer ver um urso polar poderá ser como querer ver um mamute, dizem os mais pessimistas. Segundo alguns pesquisadores até o fim desse século não haverá mais gelo no Ártico durante os verões. Para deixar as coisas ainda mais críticas o Ártico tem sido vítima de gigantescos derramamentos de óleo, caça indiscriminada, pesca industrial e até de testes nucleares russos (Guerra Fria).

Província de Sichuan, onde vivem os pandas:
Localizada na região montanhosa do centro-sul da China, esta província é pouco conhecida pelo nome, mas ela é o lar natural dos pandas-gigantes, uma das espécies animais mais ameaçadas de extinção (e sou obrigado a dizer que um dos animais mais incríveis que alguém pode conhecer, um carnívoro que não se alimenta de carne). A caça e o desmatamento quase deram fim a esse local, mas nos últimos anos as leis chinesas se intensificaram (se alguém matar um panda receberá a pena de morte) e tem ajudado recuperar esse santuário da natureza. O maior rio da China, o Yangtze, atravessa a província tornando sua paisagem ainda mais bela, mas ele também atrai moradores, pois onde existe água também existe alguém querendo praticar a agricultura e construir cidades, por esse motivo Sichuan está na lista, ela poderá ser totalmente substituída por uma floresta de edifícios e quilômetros de plantações e criações de animais muito em breve. Atualmente restam cerca de 30000 km² para os pandas habitarem.

Kilimanjaro, gelo em um dos lugares mais quentes do mundo:
Essa montanha é o ponto mais alto de África, com uma altitude de 5.891metros, e seu nome significa “montanha branca”, pois em meio a um dos climas mais quentes do mundo essa montanha ainda possui gelo em seu topo. O gelo que derrete e forma os vários rios sustenta todo um complexo formado pela montanha, por várias florestas e por uma fauna exuberante incluindo muitas espécies ameaçadas de extinção. No ano de 1973 o lugar passou a ser considerado um Parque Nacional, portanto é protegido pela lei. A UNESCO anexou o parque na lista dos locais que são Patrimônio da Humanidade em 1987. O degelo das geleiras do Kilimanjaro já é uma realidade. Estimadas em cerca 12 km² de extensão em 1900, hoje elas cobrem apenas 2 km² e neste ritmo terão desaparecido até o ano de 2020. As teorias de Aquecimento Global não explicam um derretimento tão rápido (várias vezes mais acelerado que o derretimento das calotas polares ou de outras montanhas ao redor do mundo). Pesquisadores acreditam que uma das causas pode ser uma retomada da atividade vulcânica, que se manifesta por pequenas colunas de fumaça expelidas constantemente pelo antigo vulcão.

Recifes do Caribe, cada dia mais ameaçados:
Pesquisas indicam que mais de um quinto de todos os recifes do mundo já desapareceram e os mais afetados do mundo são os recifes de coral do Caribe. Lugares que antes eram ricos em formas de vida multicolorida, hoje são paisagens moribundas, delineadas por esqueletos de calcário onde alguns poucos animais lutam para sobreviver. Atualmente o maior problema nos mares do Caribe é a poluição, já que poucas ilhas possuem tratamento de esgoto e por isso acabam despejando o mesmo no mar. Outro grande problema são os “turistas ruins” que jogam lixo nas águas, pescam sem permissão e quando mergulham arrancam pedaços dos recifes para levarem de lembrança. Em 1999 as ondas de até 5 metros criadas pelo furacão Lenny danificaram gravemente os ecossistemas de águas rasas e destruíram grandes áreas ocupadas pelos recifes. Alguns anos depois estudos descobriram que uma espécie de ouriço-do-mar estava morrendo com uma velocidade assustadora e que nada poderia ser feito, com o desaparecimento de praticamente todos os ouriços as algas (alimento deles) começaram a se espalhar e crescer sobre os recifes, bloqueando a luz a causando a morte dos animais. A pesca na região tem danificado os corais por causa das redes utilizadas pelos pescadores e como se não bastasse isso ela também está causando uma diminuição no número de peixes que se alimentam de caramujos língua-de-flamingo, assim os caramujos se proliferam e devoram os corais. Em 2009 mergulhadores descobriram que o peixe-leão, uma espécie que venho da Ásia na água do lastro de navios, estava se alimentando dos corais e se transformando em uma praga. Todos esses fatores estão acabando com os recifes, mas a tendência é ficar ainda pior, pois com o aumento populacional aumenta também a quantidade de detritos jogados no mar, é o golpe de misericórdia nos recifes de coral.

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